Imigrações
da Família Sandoval até a Província de São Paulo - 2ª
(continuação)
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Após difundirem-se por toda a
Península Ibérica durante o periodo da Reconquista, imigrou o
primeiro
desta família, Gonzalo de Sandoval, para o novo continente, a
América. Nascido na Espanha em 1496,
Gonzalo de Sandoval participou da conquista de Cuba, a partir de
Hispaniola; e em fevreiro de 1519,
partiu na expedição comandada por Hernán Cortés para a conquista da
Nova Espanha (México). Já em
Veracruz torna-se alguacil mayor (governador) tornando-se um dos
Captiães de Cortés. Últimas palavras
de Cortés sobre esse Sandoval:
"... y luego Cortés envió correo a su Majestad y al Cardenal de
Següenza, y al Duque de Bejar, y
al Conde de Aguillar, y a otros caballeros, e hizo saber había
llegado a aquel puerto y de como
Gonzalo de Sandoval havia fallecido, e hizo relacion de la calidad
de su persona y de los grandes
servicios que havia hecho a Su Majestad, y que fué capitán de mucha
estima ..." 3
Genealogia paulistana
O primeiro Sandoval a ser mencionado no Brasil foi Diogo de
Sandoval, cristão velho, natural
do México e morador na Cidade da Bahia, casado D. Izabel de Aguirre,
filha do capitão Pedro Ayres de
Aguirre, o qual veio de Portugal com seu irmão para a ciade da Bahia
em 1.591, na expedição de D.
Francisco de Sousa 4. Sebastião Carlos Leitão, português, filho de
Nuno A. Pereira de Aguirre e
bisneto daquele Pedro Ayres de Aguirre, anteriormente mencionado,
casa-se em 1.693 com Catharina
Mendes da Rocha, natural de São Sebastião, SP. Esse casal deixou
cinco filhos e somente a última filha
denominava-se de apelido Sandoval, Maria Rosa S. Sandoval.
No inicio do século XVIII, Sebastião Carlos Leitão deixa São
Sebastião seguindo para as minas
e já era viúvo nessa época, conforme detalhado na Genealogia
Paulistana. Tudo indica que esse mesmo
Sebastião Carlos Leitão casou-se, pela segunda vez, com esposa de
apelido Sandoval, o que justificaria
su última filha ter o mesmo apelido, porém, infelizmente não foi
registrado o acontecimiento na
Genealogía Paulistana, faltando um elo na familia Sandoval dessa
época. Sebastião Carlos Leitão,
reinol, foi um dos chefes dos emboabas. Naquilo que se denominou "Batalha
de Cachoeria", Diogo de
Vasconcelos que esse português comandando tropas de Ouro Preto,
contribuiu para a derrota dos
paulistas em 1.708.
Por patente de quatro de Outubro de 1.711, foi nomeado sargento mor
dos Auxiliares do Carmo e
pela de 12 de Janerio de 1.714, teve o posto de coronel do regimento
da Ordenança de Vila Rica. Os
paulistas chamavam os reinóis de Emboabas (Mbuãb), que em tupi
significa "ave que tem penas até os
pés", pois os reinóis não acostumados com a selva, usavam roupas que
os cobriam até os pés. Esse
apelido também era utilizado para designar não só aos reinóis como
também aos baianos e pernambucanos.
Maria Rosa S. Sandoval casa-se em Pitangui, MG, com capitão mor
Pedro da Rocha Gandavo, e seus
desdendentes continuam nas mesmas paragens. Em 1.778 e 1.808, foi
Camarista en Pitangui Tenente
Antonio Barboza Sandoval 5. Desses mineiros, quatro dos cinco
ramos desta familia Sandoval migram
para a Província de São Paulo, no início do século XIX, para a
região conhecida como Sertão do Rio
Pardo 6, foram eles: Capitão Antonio Barboza Sandoval, nascido por
1.780, casado com Ignez
Michelina, Alferes Caetano Barboza Sandoval, nascido por 1.779,
casado com Thereza Maria, Francisco
Barboza Sandoval, nascido por 1.786, casado com Anna Felisberta,
Manoel Barboza Sandoval, nascido por
1.775, casado com Brigida Maria.
Autor: Roberto Sandoval
(3)
Castilho, Bernal Díaz del - Historia Verdadeira de la Conquista de
La Nueva España. México. Editora Porrua, 1.960, pag 484. Biblioteca
Museu do Ipiranga, SP.
(4) Leme, Luiz G, Silva - Genealogia Paulistana.
Título Aguirre, com base nos Anais da Biblioteca Nacional do Rio de
Janeiro, vol XLIX, páginas 82 e seguintes/ASEP.
(5) Diniz, Silvio Gabriel - Pesquisando a História de
Pitargui, do IHGMG.
(6) Maços de Populaçao da Vila Franca do
Imperador/AESP
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